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Aparecimento de Rhynchophorus palmarum em palmeiras ornamentais


Processo patológico

A broca-do-coqueiro, nome popular dado ao inseto Rhynchophorus palmarum, é um besouro de coloração escura e aveludada que ataca inúmeras espécies de palmeiras e outros vegetais, como por exemplo, o babaçu e a cana-de-açúcar. Esse animal, de hábito diurno, é atraído instintivamente pelo odor liberado pelas plantas, as quais são sua fonte de alimento. Isso acontece quando as plantas extravasam sua seiva logo após qualquer tipo de ferimento, seja ele provocado por outros animais ou mesmo pelo corte das folhas. Assim, a partir dessa atratividade, a broca-do-coqueiro se instala na palmeira (precisamente na região apical) e passa a liberar feromônios atrativos às fêmeas para cópula. O grande problema nesse sentido se dá porque esses insetos depositam suas larvas na planta.

Rhynchophorus palmarum

As larvas de Rhynchophorus palmarum, se alimentam de tecidos meristemáticos da planta, construindo galerias à medida que vão percorrendo a extensão da palmeira. Esse ataque somado à penetração do adulto no ápice do vegetal gera má formação das folhas, prejudicando assim, o desenvolvimento, crescimento, e, em alguns casos levando à morte. Somado a esse fator, os adultos da broca-do-coqueiro são os principais agentes transmissores do nematoide Bursaphelenchus cocophilus, agente causador da doença do anel-vermelho, à qual é letal para as palmeiras.

Em um diagnóstico realizado pela Plant Care, foi identificada a presença deste inseto nas palmeiras Phoenix canariensis em um jardim residencial.Cada exemplar desta palmeira tem um custo aproximado de R$45.000,00, sem contar com o plantio! Por isso, é fundamental a atenção para que avaliações de jardins e manejos adequados sejam sempre realizados.

Phoenix canariensis sadia

Controle do inseto

O controle da broca-do-coqueiro pode ser realizado de três maneiras distintas: através da utilização de antagônicos do inseto (controle químico); uso de feromônios atrativos (controle biológico), e, por fim, controle mecânico, o qual se dá pela retirada das folhas que contenham o besouro.

Além do manejo do controle do Rhynchophorus palmarum, é necessário que seja estabelecido o monitoramento das palmeiras a fim de impedir o reaparecimento do inseto. Atividades como erradicação de plantas doentes, cuidado com os ferimentos da planta e destruição larvas, pupas e adultos encontrados, são medidas eficientes para este fim.

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