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Parasita ou Epífita ?

Você já observou que algumas árvores apresentam outras plantas “penduradas” em seus galhos ou mesmo na extensão de seu tronco? Essas plantas, muito conhecidas como “parasitas” pela maioria da população, na verdade estabelecem uma relação ecológica com a planta em que está apoiada. Essa relação, conhecida como epifitismo, não oferece desvantagem a nenhuma das partes e por essa razão é dita como harmônica.


As epífitas, nome correto para estas plantas, distribuem-se principalmente em regiões tropicais e subtropicais do planeta, devido à grande afinidade pela umidade. Assim, ao contrário do que é dito, não provocam qualquer tipo de injúria ou absorção de nutrientes na planta “hospedeira”, pois seu grande objetivo na utilização de outros vegetais como suporte mecânico está na maior eficiência na captação de luz, já que estas não produzem caules ou troncos suficientemente longos para o alcance da radiação necessária à fotossíntese.


Apesar das epífitas estarem relacionadas ao equilíbrio natural da flora e seus ecossistemas, dentro do âmbito da arborização urbana são um sinal de alerta, já que estando em grande número refletem mau desenvolvimento da árvore em questão. Mas qual a relação das epífitas com o vigor das árvores? Em geral, vegetais lenhosos trocam periodicamente a porção externa da casca do tronco. Assim, quando observamos abundância de epífitas em certo exemplar, isso nos diz que aquela árvore não está trocando com frequência a sua casca e, por isso, não está se desenvolvendo como deveria. Claro que devemos levar em consideração a particularidade de cada espécie, ou seja, suas características próprias, porém é muito importante perceber quando a presença de epífitas é excessiva.


Nos casos em que se observa abundância de epífitas é necessária escolha correta do manejo à árvore, para assim, evitar possíveis falhas. Neste sentido, medidas como tratamentos nutricionais são eficazes para permitir o retorno do desenvolvimento e crescimento da espécie arbórea, visando não somente sua vitalidade, mas também a manutenção da dinâmica ecológica natural envolvida entre ela e as epífitas.



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