Em virtude da quantidade significativa de árvores nas cidades, a implementação e utilização de inventários nessas regiões tornou-se realidade. Essas plataformas, em resumo, buscam sistematizar as informações individuais de cada árvore. Sendo assim, o enfoque dos inventários torna-se amplo, podendo se estender da catalogação das espécies, apenas, até a análise de riscos, por exemplo. Nos casos em que é feita a identificação das espécies, é possível conhecer a diversidade da flora urbana do local. Contudo, quando os inventários arbóreos são utilizados para a classificar riscos, a riqueza de informações resultantes permite uma eficiente gestão de manejo.
Os inventários de riscos são ferramentas de alta utilidade à profissionais que cuidam ou mesmo utilizam do espaço em que este é feito. Isso se dá principalmente em empresas, escolas, condomínios ou mesmo espaços públicos. Ambientes urbanos como estes, podem se beneficiar com a utilização dos inventários, justamente por permitir extrapolar as medidas de segurança convencionais e compreender o potencial de risco que as árvores possuem.
Tendo dito isso, nestes inventários, há um compilado de informações do local e da própria árvore. Em outras palavras, é realizada uma análise visual da árvore, individualmente, assim como do local em que ela se encontra, buscando compreender a severidade das consequências que esta árvore poderá ocasionar, caso alguém seja atingido por ela. Essa visão holística da situação arbórea permite a classificação dos riscos. Vamos exemplificar. Imaginemos que, num primeiro espaço, haja uma árvore de alto porte na fachada de uma casa localizada em um grande centro urbano. No segundo caso, imaginemos uma praça abandonada, com pouco fluxo de pessoas, que abriga uma árvore de mesmo porte em seu centro. Em qual das duas situações o risco seria maior? Claramente, no primeiro caso. Isso se dá pois, quanto maior é a taxa de ocupação (maior fluxo de pessoas num determinado período de tempo), maiores são as chances de que, numa falha, alguma pessoa seja atingida pela árvore (ou parte dela).
Dessa forma, a importância dos inventários de risco está na eficiência que estes representam como ferramentas de gestão. Observando a situação de todas as árvores de um determinado ambiente, ao mesmo tempo, é possível: identificar onde se localizam os maiores riscos, quais manejos devem ser aplicados e por onde devem ser iniciados os trabalhos. Desta maneira, torna-se possível conviver com árvores, em segurança.
Exemplo das etapas que podem ser realizadas em um inventário de risco arbóreo.